Quem é meu amigo, sabe que sê-lo (e mantê-lo?) não é tarefa fácil. Trata-se praticamente de uma missão. Se riscar com a unha o verniz dos gestos calmos, da voz macia e baixa e da paciência, vão encontrar a lunática, mal-humorada, emburrada e egoísta que sou na verdade. Na boa? Acho que sou uma armadilha. Se bem que se alguém estiver disposto a raspar mais um pouco, talvez descubra que essa é só mais uma das camadas que cobre ainda tantas outras até chegar ao verdadeiro eu. Mas ninguém esteve disposto a tanto até hoje.
De qualquer forma, acho que é exatamente nessa segunda camada que guardo a agenda de aniversário dos amigos. E, para não quebrar a tradição de mais de 13 anos esquecendo o aniversário do Gilberto, faço públicos meu amor (na primeira camada), minha saudade (no id ou no ego, ainda não sei bem qual camada) e minha vergonha (que deve estar na quinta ou sexta para ser sincera):
Feliz aniversário Jú!
E não é só isso! Esse ano você nem precisou me ligar para eu te dar os parabéns.
An? O que? Hum, certo. Foi no mês passado. Mas ainda assim você economizou o interurbano...
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