segunda-feira, fevereiro 20

Nem Freud explicaria...

Estou morrendo de tesão. Estou transando com meu marido. Bati a mão no interruptor de luz e ela apagou. (Prerrogativas de quem transa a tantos anos com a mesma pessoa é não ligar mais para os pneus e para as celulites. Trepo de luz acesa sim senhor). Escuro, escuro. Sinto o corpo em cima de mim quase dobrar de peso. Puxo o ar e ele não vem. Estendo a mão para o interruptor e...

- Quem é você?
- Seu marido.
- De quepe da gestapo??
- Bem...
- E bigodinho Charles Chaplin!!
- É que...
- Sai de cima de mim agora!!
- Shhh! Fala baixo!
- Falo baixo o caralho, sai de cima de mim agora, já!
- Não posso...
- Como não pode?
- As pessoas vão me ver...
- Que pessoas? Você está louco?
- Ali, no velório.
- Velório onde, seu doido varrido!
- Ali ó! Espia...

Coloco as mãos na borda do caixão e levanto a cabeça. O padre puxa a reza com as carpideiras... “Salve rainha, mãe de misericórdia...”. Em pânico, jogo o cara da gestapo para cima com uma certeira chave de joelho. Enrolada no lençol de elástico pareço mais um pacote de carne mal embrulhado. O caixão começa a inclinar, inclinar...

- Viu? Eu disse para você falar baixo! Agora vão nos descartar como nozes ruins!

E vamos parar no lixão da Fábrica do Sr. Wonka. E ainda tenho que voltar a pé para a casa porque no lençol não tem bolsos para guardar passe.

8 comentários:

Giu Vicente disse...

haha!
Wonkas é? hehehee
bom

Ins-pirada disse...

Quem disse que não estava chovendo?

Anônimo disse...

:-O

mas creio que não tinha o vento campineiro! Ou tinha?

Rafael Rosa disse...

Eu tambem te amo!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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